Igreja de Santa Bárbara
Classificada como monumento nacional, está localiza-se na freguesia das Manadas.
Conta a tradição popular que, a 4 de Dezembro do ano de 1485, um pescador terá encontrado na baía das Manadas uma caixa de madeira que continha uma imagem, em madeira, de Santa Bárbara, e uma cruz em pedra.
Este achado levou a que em fosse construída uma igreja, em 1510. Foi reconstruída em 1770, altura em que nela foi colocada a talha dourada, seis painéis de azulejos que mostram a vida de Santa Bárbara, e os quadros, que mostram a “Natividade”, “Ultima Ceia”, “Assunção de Jesus”, “Assunção de Nossa Senhora” e os quatro evangelistas.
É uma igreja de pequena dimensão, com a sua torre quadrangular com cúpula do lado norte onde se encontram três sinos, adquiridos no século XIX. A sua fachada possui trabalhos de cantaria em pedra basáltica, o nicho de Santa Bárbara e a inscrição “1770”, data da sua construção.
No seu interior, todo o trabalho de talha dourada, pinturas e a maior parte da estatuária datam do século XVIII. A madeira utilizada na sua construção é o chamado cedro açoriano (juniperus brevifolia).
A única nave está decorada com painéis em madeira pintada; do lado do púlpito, está a "Entrada de Jesus em Jerusalém" e "O Lava-pés"; do lado oposto fica a única janela da nave com três painéis onde está representado" A fuga para o Egipto", "São Joaquim" e "Santa Ana ensinando a Virgem".
O arco da capela-mor está coroado com as Armas de Portugal e a antiga Coroa Real, cujos sustentáculos se apoiam no monograma jesuítico IHS constando dois querubins alados.
O tecto possui três magníficos medalhões esculpidos em madeira de cedro. O do centro representa o Divino Espírito Santo simbolizado por uma pomba branca; o do fundo representa S. Jorge montando o seu cavalo em luta com o Dragão, como símbolo da ilha; o terceiro é dedicado a Santa Bárbara encarcerada na torre, a padroeira desta igreja.
Apesar dos danos sofridos com o sismo de 1980 ainda podemos apreciar grande parte das pinturas sobre o tecto.