PARTICIPAÇÃO DA NOSSA ESCOLA NO TORNEIO DE ROBÓTICA EM SANTARÉM

A nossa escola está de parabéns!
No passado dia 18 de Março, a nossa Escola participou num torneio nacional de robótica com duas equipas (16 alunos) e… GANHÁMOS!!!
Ganhámos experiência, ganhámos conhecimento, ganhámos uma vivência de grande fraternidade e ganhámos vários prémios:
- Prémio Director (corresponde ao 1º prémio);
- Prémio Equipa;
- Prémio Projecto;
- Prémio Iniciativa.
Uma das regras deste torneio, First Lego League, define que cada equipa só pode ficar com um prémio, pois interessa motivar e estimular o maior número de participantes, assim “só” trouxemos o Prémio Director e o Prémio Iniciativa.


O que é a FLL "FIRST LEGO League"?
A First Lego League (FLL) é um programa internacional de robótica para jovens dos 9 aos 14 anos (no nosso país integramos um 2º escalão dos 15 aos 18 anos) que se desenrola numa atmosfera desportiva. As equipas são constituídas entre 8 a 10 elementos que se distinguem pela sua criatividade, pensamento analítico, solução de problemas e espírito de equipa.
Cada ano, um novo desafio se coloca a todas as equipas FLL do mundo. Num período de cerca de 6 semanas, as equipas planeiam a sua estratégia, desenham, constróem, programam e experimentam o seu robô completamente autónomo, capaz de completar as distintas missões da FLL, utilizando a tecnologia LEGO MINDSTORMS .

O Torneio, consiste na apresentação de um Projecto de Investigação proposto pela FLL e na Execução de tarefas por parte de um robô previamente programado e construído pelas equipas e completamente autónomo.

Projecto de Investigação
O tema deste ano é “Sem Barreiras”. Pretende-se que os jovens investiguem e reflictam sobre as acessibilidades urbanísticas e arquitectónicas pensadas, ou não, para todos os cidadãos, incluindo as pessoas com deficiência motora.
Já que o objectivo é sensibilizar a sociedade e os jovens, em particular, para as questões da mobilidade dos cidadãos com deficiência, que no seu dia-a-dia se deparam com variadíssimos obstáculos, como passeios traiçoeiros, inexistentes ou de dimensões reduzidas, automobilistas intolerantes, degraus intransponíveis, sinalização inadequada ou inexistente, consultamos legislação, entrevistamos pessoas com deficiências físicas, medimos as dimensões de portas, passeios, passadeiras e rampas de acesso, etc e concebemos as nossas apresentações.
O resultado destas investigações e reflexões será apresentado no Torneio e, mais tarde, na nossa cidade no âmbito dos XIIIºs Encontros Filosóficos.

Tarefas a executar pelo robô

A - O robô deverá mover o CD de modo que toque na marca do CD para pontuação total, ou na superfície superior da mesa para pontos parciais.
B - O robô deve mover as bolas para dentro da cesta. O robô poderá deixar a base apenas com uma bola de cada vez e cada uma das 8 bolas podem sair da base apenas uma vez também.
C - O robô deve mover-se nas escadas e ficar completamente fora do tapete até o final da partida. Para pontuação total, o robô pode tocar o degrau superior e o trilho.
D - O robô deve mover as três partes de alimento da base para a área vermelha.
E - O robô deve abrir o portão na totalidade, de modo a ter a pontuação total.
F - A bandeira da paragem de autocarro branca será trocada aleatoriamente com uma das duas paragens vermelhas antes de cada partida. O robô deve inclinar claramente somente a bandeira da paragem branca.
G - O robô deve mover cada cadeira, o necessário, para que os quatro pés toquem na área oval. As cadeiras que forem derrubadas não valerão pontos.
H - O robô deve mover o alimento da base para a mesa de jantar. Para pontuação total, a tigela deve ficar na bandeja e todo o alimento dentro da tigela
I - O robô deve mover os Óculos para a base

Imagens






Descrição dos Trabalhos Apresentados
A equipa do 1º escalão (O Grupo Central) entrevistou um cidadão faialense que, quando tinha 26 anos, teve um acidente de parapente e ficou limitado a uma cadeira de rodas numa cidade cheia de obstáculos. A entrevista foi filmada por dois alunos, o Janite Parmanande e o Rodrigo Santos, e a montagem do filme foi feita pela Beatriz Cardigos e pelo Tiago Oliveira, no CAME da nossa Escola, e com o apoio técnico do professor Gonçalo Cabaça.
O nosso trabalho intitulava-se “A cidade é um mundo de obstáculos” e o júri do Torneio considerou que o filme estava muito bem concebido e bem apresentado. Neste trabalho, incluímos alguma legislação e todos os elementos do grupo tiveram acesso à mesma.

A equipa do 2º escalão (Os Anticiclones) também entrevistou vários cidadãos, nomeadamente, professores da nossa escola (Dra. Alda Brito e Melo e Dra. Maria Miguel Pavão), alunos da mesma e o Presidente da A.P.A.D.I.F. (Associação de Pais e Amigos da Ilha do Faial), Sr. Fialho. Filmaram as entrevistas, mas, não ficando satisfeitos com a qualidade das imagens, resolveram desenvolver outro projecto. Assim, o projecto apresentado foi uma espécie de “Prós e Contras” em que a apresentadora/orientadora do debate, Ana Barreto, apresentava como convidados os seguintes personagens (fictícios):
- Um Presidente da Câmara, “Dr.” Daniel Correia, que se apresentava mais conhecedor de estratégias eleitorais do que de legislação, e com uma postura pouco sensível às dificuldades de minorias;
- Uma Arquitecta pragmática, “Arq.” Nádia Machado, que se mostrava completamente indiferente às necessidades de cada cidadão e preocupada, apenas, com o seu rendimento económico;
- Uma jurista aposentada, “Dra.” Laura Simas, com dificuldades de locomoção e de visão, devido à idade, mas muito activa intelectualmente e civicamente e com conhecimento da legislação.
- Uma ex-campeã de vela, actualmente paraplégica, devido a um acidente, licenciada em engenharia mecatrónica, ”Dra.” Beatriz Cosme, que queria exercer os seus direitos de cidadania e que propunha soluções ligadas à engenharia robótica.
Cada um dos convidados apresentava a sua opinião em relação às seguintes perguntas:
Será que todos estamos conscientes da importância da supressão de barreiras urbanísticas e arquitectónicas no processo de total integração social das pessoas com mobilidade condicionada (permanente ou temporária)? Será que a nossa sociedade está a investir, efectivamente, na melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos? Será que estamos a criar, a nível local, condições de integração para todos?
A apresentadora fechava o “programa” , aconselhando o Sr. Presidente da Câmara e a senhora arquitecta a lerem e cumprirem a legislação.
Este projecto teve como cenário uma apresentação multimédia que apresentava imagens da cidade da Horta e que analisava, propondo soluções, alguns “pormenores” da cidade, no que diz respeito às acessibilidades .
Este projecto venceu o prémio do júri do Torneio e teve como responsáveis o Daniel Correia, a Nádia Machado, a Beatriz Cosme, a Ana Barreto, a Ana Garcia e a Laura Simas.

Tarefas de robótica
No que diz respeito às tarefas a executar pelo robô, o João Dutra, o João Ávila, o José Ávila e o Daniel Correia, foram os que mais investiram, pois reuniam-se em casa do Sr. Carlos Dutra que nos acompanhou neste processo, e trabalhavam, às vezes até de madrugada e encontraram soluções muito engenhosas para os nossos robôs que tiveram muita atenção por parte de outras equipas com mais experiência em participação nestes torneios. Outros como o Pedro Valim e a Leandra Sweet, apoiaram na construção e discussão de ideias ao longo deste processo.

Durante a prova de robótica, estiveram em acção o João Dutra, o João Ávila (1º escalão) e o José Ávila e o Daniel Correia (2º escalão).

A equipa (já éramos 2 em 1) que tinha que estar na bancada, tocava e cantava “puxando” pelo FAIAL. Todas as provas correram muito bem, isto é, nós sentíamos que podíamos fazer melhor, mas achámos que o nosso trabalho tinha maior qualidade do que o de grande parte das equipas, por outro lado, receávamos que a experiência das outras equipas lhes daria vantagem. No final não “cabíamos em nós de contentes” com tantas vitórias!

Cristina Carvalhinho


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